Como ser a mesma mulher depois de ver um filme como “Separação” de Asghar Frhardi e como “Maça” de Samira Markhnalbaf que o dirigiu com imensa sensibilidade com apenas 17 anos. Filmes Iranianos que retratam o descaso com as mulheres, a prepotência dos homens e o pavor e o medo que uma crença é capaz de impor ao ser humano.
É claro que isso não acontece somente no oriente. Mesmo que de forma diferente ou por outros motivos, o ocidente não escapa. Em “Histórias Cruzadas”, Tate Taylor relata a humilhação que os negros foram submetidos pelos brancos no Mississipi dos anos 60. Vergonhosamente, mas sem nenhuma surpresa, isto continua acontecer mundo afora, inclusive aqui do nosso lado, basta que estejamos dispostos a enxergar.
Até quando o ser humano será julgado por seu credo, raça, opção sexual ou classe social, não sei... e talvez ninguém saiba. O que sei é que o Cinema é capaz de nos fazer ver mundos distantes, além dos que nos rodeiam e ajuda a tornar passado e presente objetos de reflexão e discussão do que queremos no futuro.
O Cinema é uma importante ferramenta de reflexão, imprescindível para melhor educar, para ampliar visões, discutir procedimentos, reavaliar ideologias e repensar tudo o que já foi feito. Pois, como dizem os Vedas: "A Verdade é uma só; os sábios se referem a ela por muitos nomes."
